Sistema celular repórter para a enzima humana CYP3A4 do citocromo P450
Pesquisadoras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveram um sistema celular repórter inovador que permite estudar a modulação da expressão da enzima CYP3A4, uma das principais enzimas do citocromo P450, responsável por metabolizar aproximadamente 50% dos fármacos clínicos atualmente disponíveis. Trata-se de uma ferramenta poderosa para triagem de fármacos, estudo de interações medicamentosas e pesquisa farmacogenômica.
O sistema foi construído por transfecção de células humanas Caco-2, com um vetor recombinante (pZsGreen1-1) que expressa a proteína fluorescente GFP sob o controle da região promotora do gene CYP3A4. Isso significa que sempre que a enzima CYP3A4 for induzida ou reprimida, a fluorescência da GFP também será modulada. A expressão da GFP é medida por citometria de fluxo, uma técnica quantitativa, rápida e de baixo custo. Assim, a fluorescência serve como um “repórter” do comportamento da CYP3A4 frente à exposição a substâncias químicas ou extratos naturais. O sistema é altamente sensível, reprodutível e pode ser empregado para análise em larga escala, com potencial aplicação em ensaios toxicológicos e farmacocinéticos in vitro.
O desenvolvimento de novos fármacos e o estudo de seus efeitos no metabolismo hepático geralmente exigem modelos animais caros, demorados e com limitações éticas. Este sistema substitui modelos in vivo, permitindo análise direta em células humanas, facilita a identificação de interações entre fármacos e extratos vegetais (como Echinacea sp.), reduz custos e tempo em fases preliminares do desenvolvimento farmacêutico e oferece alta correlação in vitro/in vivo, especialmente por usar a linhagem Caco-2, semelhante aos enterócitos intestinais humanos.
Este sistema é único ao combinar um vetor comercial (pZsGreen1-1) com modulação da GFP via promotor CYP3A4, uso da linhagem Caco-2, validada pela indústria para testes de absorção intestinal, e quantificação via citometria de fluxo, técnica rápida e automatizada. Ele é altamente versátil e pode ser adaptado para testes com novos compostos, ingredientes ativos de plantas medicinais ou interação fármaco-fármaco.
Substitui a experimentação animal em etapas iniciais, utilizando células humanas para maior previsibilidade clínica
Fluorescência quantificável com alta sensibilidade e rapidez, permitindo detectar tanto indução quanto inibição da CYP3A4
Aplicável à triagem toxicológica e ao desenvolvimento farmacológico
Versátil, funcionando com amostras puras ou complexas, como extratos de plantas
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